CAPA DO LIVRO MÃES, MATERNIDADE E COVID-19

Participação de docentes da FEN, do PPGENF e de discentes e egressos do PPGENF e PPGCS no Livro "Mothers, Mothering, and COVID-19 (Mães, Maternidade e COVID-19)"

É com imensa satisfação e orgulho que anunciamos a participação dos Professores Marcelo Medeiros (PPGENF), Leonora Rezende Pacheco (FEN) e Margareth Zanchetta (Ryerson University) e de egressos dos Programas de Pós-Graduação em Enfermagem e em Ciências da Saúde em obra internacional:

Título do capítulo: "Professional Perceptions of How Women Have Dealt with Pregnancy and Motherhood during the Chaos of the Brazilian COVID-19 Pandemic" / Percepções dos Profissionais de Saúde sobre as formas que mulheres lidam com a gravidez e maternidade em meio ao caos da pandemia de COVID-19

Título do livro: "Mothers, Mothering, and COVID-19: Dispatches from the Pandemic" / Mães, Maternidade e COVID-19: consequências da pandemia

Editora: Demeter Press

 

Esta coleção de 45 capítulos e com 70 colaboradores é a primeira a explorar o impacto da pandemia no cuidado das mães e no trabalho assalariado no contexto de emprego, escolaridade, comunidades, famílias e as relações entre pais e filhos. Com uma perspectiva global e do ponto de vista de mães solteiras, parceiras, indígenas, economicamente desfavorecidas, deficientes e parturientes, o volume examina a crescente complexidade e as demandas de cuidados infantis, trabalho doméstico, cuidado de idosos e educação em casa sob o protocolos de pandemia; as complexidades e dificuldades de realizar o trabalho assalariado em casa; o impacto da pandemia no emprego das mães; e as estratégias que as mães têm usado para gerenciar as demandas conflitantes de cuidados e trabalho assalariado sob o COVID-19. Por meio da arte criativa, poesia, fotografia e escrita criativa junto com a pesquisa acadêmica, a coleção busca tornar visível o que foi invisibilizado e tornar audível o que foi silenciado: o cuidado e a crise da obra materna durante e após a pandemia COVID-19. As vozes e visões maternas despachadas nesta coleção contribuem para a conversa necessária e há muito esperada e a ação em direção a uma mudança social empoderada para a justiça no local de trabalho e a reavaliação do trabalho de cuidado como uma parte essencial de uma agenda econômica.

 

À venda na Demeter Press e Loja Amazon

CAPA DO LIVRO MÃES, MATERNIDADE E COVID-19

PERCEPÇÕES DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE SOBRE AS FORMAS QUE MULHERES LIDAM COM 

A GRAVIDEZ E MATERNIDADE EM MEIO AO CAOS DA PANDEMIA COVID-19

No capítulo elaborado pelo Prof. Marcelo Medeiros (título acima), Professor Titular da Faculdade de Enfermagem da UFG, e equipe de pesquisadores do Núcleo de Estudos Qualitativos em Saúde e Enfermagem da FEN/UFG partem da premissa de que embora o Programa de Humanização do Pré-natal e Parto do Brasil busca melhorar o acesso à atenção de alta qualidade, mudanças abruptas no controle de infecção devido ao COVID-19 estão prejudicando a implementação apropriada do programa. A humanização da atenção obstétrica durante uma pandemia provou ser uma prioridade dupla: responder aos sentimentos desestabilizadores das mulheres sobre seu próprio corpo e às suas necessidades de segurança pessoal em relação à saúde materna e seu medo crescente em torno das incertezas decorrentes de uma pandemia global. Por meio de uma metodologia de avaliação rápida (maio a junho de 2020) com dezesseis enfermeiras, duas doulas, duas agentes comunitárias de saúde e um advogado, todos trabalhando em uma organização de saúde pública, os autores identificaram como as mulheres estão resignificando a gravidez e maternidade. Os profissionais relataram sua percepção de que os sentimentos comuns das mulheres são solidão, medo, apreensão, ansiedade, frustração, raiva e vulnerabilidade. As principais preocupações incluem a perda de autonomia no processo de parto, puerpério na maternidade-domicílio, necessidade de internação com risco de infecção hospitalar, cesárea desnecessária, limitação da amamentação e infecção do recém-nascido. As mulheres geralmente se sentem incomodadas com as medidas de distanciamento social e lutam com novas regras sobre admissão, acompanhamento de um significativo e processo de parto, bem como formas obrigatórias de lidar com as restrições para controlar infecções por COVID-19 e cuidados preventivos domiciliares. Os comportamentos comuns incluem negação dos sintomas e complicações da COVID-19, automedicação para alguns sintomas de infecção, dificuldade em usar uma máscara não cirúrgica e autocuidado preventivo intensivo para a família e recém-nascidos. As reclamações referem-se à interrupção do pré-natal e à falta de familiaridade com a telemedicina. Os profissionais informadores (com até 29 anos de experiência) com atenção obstétrica descobriram a gravidade de suas próprias limitações para garantir que os direitos humanos da mulher como cidadã tenham pleno acesso à atenção obstétrica humanizada. Apesar desses desafios, as mulheres expressaram gratidão pelos serviços profissionais e demonstraram colaboração para ajudar a “normalizar” o contexto de atendimento.

Autores do Capítulo*

Dr. Margareth Zanchetta (Ryerson University)

Dr. Marcelo Medeiros (FEN/UFG)

Dra. Walterlânia Silva Santos (FCE/UnB)

Dra. Luciana Alves de Oliveira (ICB/UFG)

Dra. Leonora Rezende Pacheco (FEN/UFG)

Dra. Paula dos Santos Pereira (SES-GO/Doutoranda PPGCS/FM/UFG)

Dra. Sheila Mara Pedrosa (Unievangélica)

Dra. Dalva Aparecida Marques da Costa (SMS-Goiania/GO)

Dra. Daiana Evangelista Rodrigues (UNIR)

 *Membros do Núcleo de Estudos Qualitativos em Saúde e Enfermagem da Faculdade de Enfermagem, Universidade Federal de Goiás.

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